Começo a escrever as 23:47... Atualmente tocando "Dorme em paz" em meu MP.
Não tenho um motivo especial para escrever, todas estas palavras que deixo de herança para o anonimato.
Amanhã vou me inscrever em um curso superior, tecnologia em jogos. Eu não sei se era isso que eu devia fazer... Quer dizer, eu sei. Aquela voz de dentro, o verdadeiro eu, aquele que a gente acaba ignorando as vezes por medo, vergonha de ser e insegurança. Essa voz, ela me diz de primeira pra ir, ver como é... Eu não tenho nada a perder.
Talvez possa soar como arrogância, mas se conheço a minha aptidão, um curso mesmo que "incorreto", num lugar que não é considerado bom. Nada disso vai ser barreira pra mim.
Por outro lado, o que me pergunto, porque é que eu não tento me esforçar para uma USP. Astronomia sabe... Eu amo estudar o comportamento do universo. Adoro falar sobre supernovas, gigantes azuis, estrelas de prótons, metafisica e o questionamento sobre a própria realidade.
O meu eu sabe porque eu não tento.
Eu sou mimado, acostumado a ser "inteligente" e vencedor. A dificuldade colocaria em cheque esse pedestal que eu criei... O fato de eu ter que me esforçar para ter algo. Ao mesmo tempo que me sinto tão inseguro, será que eu sou uma pessoa que se pode ser dita "inteligente"? Eu não sou.
A cada ano que passa, cada semana... Eu só consigo me sentir velho, que meu tempo está passando... As coisas que penso e sinto, vão ser apagadas com o tempo, e depois de alguns anos... Eu vou ser somente mais um esquecido.
Talvez seja por isso a minha obsessão por imortalidade... Eu de algum modo, tenho um sonho, o de ser imortal. Não em vida, mas que minhas idéias durem por anos e anos... Que a pessoa que adora suco de abacaxi e só sente os pés limpos após limpar com o dedo indicador passou por aqui... É um dos meus sonhos mais íntimos.
Dirá que penso demais (É, você mesma) e todo o resto. Mas eu percebi que não é assim. Eu não me esforço pra pensar. É como um rio fluindo, tentar parar meus pensamentos e raciocínios, seria como parar no meio do rio, esticar os braços, abrir as mãos e esperar que esse rio congelasse.
Relendo tudo por cima, eu vi que não escrevi nada com nada. Aliás, um assunto foi ligando o outro... Mas tudo bem.
Talvez eu seja só louco mesmo, um deslocado nesse mundo... Eu não sou especial e nem inteligente... É só que eu não consigo encontrar a minha missão nesse cacete. Sempre que eu tento procurar, é como tentar segurar uma enguia nadando no óleo com as mãos cheias de manteiga derretida.
A verdade é que estou tão perdido...
Então só me resta conversar comigo mesmo, olhando pra essas palavras.
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