terça-feira, 22 de julho de 2014

Fear

Sempre fui fascinado pelo medo. Sempre busquei coisas que despertassem o meu medo.

O medo de verdade, não o medo seguro.
O horror que um assassino serial pode proporcionar com a segurança de que ele nunca baterá na minha porta.

A segurança de nunca haver um ser canibal reanimado na porta do meu quarto, no que deveria ser apenas o começo de um dia normal, seria o inicio de um apocalipse social.

Não, não é esse o medo que procuro.

Talvez um simples abajur caindo sem motivo seja mais assustador do que um ser monstruoso devorando sua vitima cruelmente após uma longa tortura física.

Talvez aquele demônio criado pelo cinema não seja nada próximo do que pode fazer um simples estalo, em um momento em que você dorme profundamente durante a madrugada.

O maior perigo do medo não é o quão terrível ele pode se mostrar, mas o quão real ele pode ser. E o quão bem ele pode se esconder...

Talvez o pior de todos os monstros criados pela imaginação humana nunca chegue a existir.

Mas você sabe o que lhe visita a noite?

Você sabe o que lhe observa na vulnerabilidade de seu sono?
Talvez esta noite você note um pequeno detalhe em seu quarto.
Talvez um aroma alcance seu olfato.
Um leve toque na pele.

Mesmo que não haja nada, ele vai estar lá.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

???

Pra onde se corre quando toda a dor se está dentro do peito?
Como se afoga todas as lagrimas que já são água?
Como se tortura a dor que machuca tanto?
Como se reprime toda a tristeza que está esquecida?

Como se lembra a confiança que não existe?
Como ser suficiente quando não se é algo completo?
Como sorrir com os olhos molhados?
Como chorar com a boca fechada?

Como se explode se toda a dor não conduz energia?
Não reage.

A Balada da Bailarina Torta

Dançava a bailarina torta
Dançava até o sol se pôr
Dançava a bailarina torta
Dançava à procura de um amor

....


E a velha bailarina torta
Que bailava em busca de um amor
Entrou, fechou a porta
Deitou e então silenciou
Silenciou...

Musicas e o que significam pra mim - Parte 1

Bom, pra começar, eu sempre pensei em fazer este tipo de postagem.

Primeira regra, não posso simplesmente gostar da musica. Tem que ser alguma musica que tenha realmente significado pra mim.

Então pra começar, toda a origem de quem sou hoje em dia, é essa:


Sou um cara platônico por padrão de fábrica mesmo. E essa música, foi a primeira musica que ouvi da banda que marcou a minha adolescência. A raiva, a frustração, o amor, a esperança... Toda a energia que se tem quando se é mais jovem. Quando se acredita que o mundo pode ser mudado pelo seu pensamento. Era isso que Nirvana era pra mim. Mas o tempo passa, a gente cansa... Se eu comecei com About a Girl, hoje eu estou pra Serve the Servants:



"Teenage angst has paid off well
Now I'm bored and old
Self-appointed judges judge
More than they have sold"

E fora toda a questão que não resolvi com meu pai:

"I tried hard to have a father
But instead I had a Dad

I just want you to know that I
Don't hate you anymore
No, there is nothing I could say
That I haven't thought before."

Sei que falei muito por cima de tudo, mas não tenho que ficar dando detalhes mesmo. O blog é meu.

Além do mais não tenho leitores. Então esse exercício de solidão meio que começa a ficar me ferindo as vezes.

Uma sensação de isolamento...

Até!


domingo, 11 de maio de 2014

Eu

Eu não estou aqui pra escrever minhas mágoas.
Não tive uma infância dificil, nem dramática.
Mas mesmo assim, eu vim assim.
Hiperbólico já de fábrica.

Eu rodei pião, não soltei pipa.
Tomei achocolatado sábado de manhã.
Mas mesmo assim, eu vim assim.
Tristeza sem explicação, sem fonte de origem.

Todo dia sempre sonhando com os amores que virão.
Todo dia imaginando o que vou ensinar pros meus filhos.
Todo dia contemplando as idéias que eu vou deixar pro mundo.
Todo dia agradecendo essa vida que me foi dada.
Todo dia querendo que esta acabe.
Sem nem saber o motivo de tanto vazio.

A estrada não é escura.
Mas é clara que faz a vista doer.

Eu ralei o joelho na escada, prendi o dedo na porta.
Passei o ano novo no sitio dos meus tios.
Mas mesmo assim, eu vim assim.
Aceitando as derrotas sem nem começar a lutar.

Sou meu pai, meu marido, sou meu filho.
Sei que posso andar sozinho.
Sei que tenho com quem contar.
Mas andar sozinho cansa.
E cansaço consome tudo.

Talvez eu lhe pareça melancólico.
Porém o lado bom ainda é maior e está aqui.
Porque eu ainda estou aqui.
Mas espero que veja que minha ponte tem base.
Minha estrada tem caminho.
Esperando que você um dia...
Entre na contramão.

Eu.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Matagal...

Eu gostava de quando era um bebê
Não tinha que pensar e sempre tinha alguém ali pra me limpar
Eu sei que o mundo inteiro esta errado
Me deixa ter meu próprio universo
Um matagal no meio do oceano

sábado, 18 de janeiro de 2014

....

De repente... Acordar para um novo dia não parece valer tanto a pena assim...